Nas horas em que estamos mais fragilizados, aparecem sempre pessoas oportunistas querendo nos vender seus produtos.
Agora que estou mais pra lá do que pra cá, aparecem pessoas querendo vir aqui, na minha casa, fazer as orações das suas igrejas. Eu não preciso de fé, já avisei. Muito menos de crentes tornando meu dia mais chato do que tem sido.
Ontem a Amélia, empregada dos meus pais há quase 30 anos queria vir me fazer uma visita. Eu deixei, claro. Adoro a Amélia. Mas quando ela chegou, percebi que ela veio acompanhada de pessoas da igreja dela. Não as recebi. Não sou obrigado! Depois quando você melhora graças aos remédios e procedimentos médicos, eles vêm dizer que foi o Deus deles quem curou. Então, para quê os remédios?
Tia Rosane veio aqui na terça-feira e trouxe uma cadeira de rodas que era usada pelo sogro dela. Quem diria... Eu fiquei meio bolado no começo, mas acabei aceitando a idéia de usá-la para tomar um solzinho no calçadão ou mesmo para não depender de todo mundo dentro de casa. Mesmo sendo temporário, é estranho!
Ontem o Bê e eu fomos a Prainha e depois a Guaratiba no final da tarde e vimos o sol se pôr. Ficamos conversando por horas a fio... Havia um bom tempo em que não parávamos para conversar tanto. Foi uma exposição mesmo. É ótimo para um casal poder saber o que se passa um com outro. Muitas vezes no dia-a-dia deixamos passar muita coisa sem ser dita. Ele tem ficado de segunda a quarta-feira em São Paulo para trabalho e vem ficar comigo o resto da semana. Não deve estar sendo fácil para ele lidar com esta situação. Fico me colocando todo tempo no lugar dele.
Não sou feliz, mas tenho marido!
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