O Retorno

Depois de 36 dias de férias(não me pergunte como) e mais uma semana de carnaval, estou de volta. Ao meu trabalho, aos meus amigos e a minha vidinha despretensiosa no Rio de Janeiro.
Quero agradecer aos meus "deliciosos" amigos Paulinho e Jobby pela atenção que me dispuseram em São Paulo na semana que passei lá. E espero que a Lia tenha entendido a minha preferência por me hospedar num hotel do que na casa dela em Higienópolis(Um luxo, por sinal!). É que detesto dar trabalho ou perceber que estou prendendo alguém, mesmo que seja alguém tão íntimo quanto a Lia. Anyway, meu apê continua aberto a todos meus amigos que vêm passar o fim de semana no Rio.

Estive em Londres durante dez dias e, claro eu me encontrei com o Bernardo. E vou confessar, já que o povo de Sampa insistiu. Eu fui a Londres só pra revê-lo. Tirando os passeios de sempre(alguns cancelados por causa do frio), não fiz mais nada a não ser ficar atrás do Bê o tempo todo. Sim, eu me senti humilhado, mas não consigo agir diferente quando estou perto dele. Parece que nada mais importa, nem minha dignidade. Caralho, que merda!

Também, na volta eu me acabei no carnaval. Beijei muito, pulei muito e trepei muito. Fiz noitadas muito boas também em Sampa e bebi horrores... Enfim, tirei o atraso nas férias!
Agora bateu novamente a solidão.

Putz, tô com aquela impressão de que nunca mais vou me envolver com alguém que me interesse e isso têm me deixado muito mal.

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Mês que vem vou ao Chile e em maio a Tóquio.

Este ano já fui a Londres e antes do final do ano, pretendo ir ao sul da Itália. E tenho gastado um bom dinheiro nestas mini-férias mesmo quando viajo a trabalho. É um luxo que eu tenho me permitido após anos e anos de perrengue e estudando muito.

Lembro-me quando estava na faculdade e morava numa república com dois rapazes e duas irmãs lésbicas(wow!). A gente vivia a base de miojo e coca-cola. Quando não estava estudando estava atrás de um rabo-de-saia ou de um peito cabeludo(adoro!). E diferente dos demais da mesma idade, nunca fui chegado à drogas ilícitas. Provei de tudo mais de uma vez, mas nunca me enfeitiçaram... já o cigarro...

O máximo que consegui naquela época foi juntar uma grana e ir até Machu-Pichu. Eu achava que seria bicho-grilo a vida toda. Bobagem! Hoje eu quero mais é me sentar em bons restaurantes, falar mal da esquerda utópica e fazer odes ao capitalismo! Adoro bons espetáculos, bons hotéis, boa música e gente descolada. Só não ligo muito para grifes, embora goste de roupa bonita e confortável.

Esta viagens tornaram-se uma fuga interessante para os meus problemas pessoais, como exemplo, o fato de não me envolver com ninguém. Ainda bem que eu posso fazê-las. Como diz o Guilherme, amigão lá de Sampa... Melhor estar mal com dinheiro do que estar mal sem ele.
Eu também não tenho a menor dúvida de que o dinheiro compra felicidade e ainda manda trazer em casa embrulhada! Nestas férias isto ficou muito claro.

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Lia, tô com saudade do seu colo!